Concurso de remoção, adicional de fronteira e Capitais

Sabe-se que toda lotação da Polícia Federal possui uma pontuação diária que varia de 1 a 4 pontos. Se por um lado o servidor perde em qualidade de vida, por outro, ganhará na possibilidade mais rápida de retorno para casa ou até mesmo em chegar à lotação desejada. Para ficar em uma capital é necessário pontuar bem durante a Academia. Vale lembrar, que a classificação Cespe de nada vale durante o curso. As notas das avaliações internas é que irão de colocar a KM de vantagens de sua casa. Em geral, as capitais, são bem disputadas. É comum Delegacias descentralizadas não possuírem hospitais para atendimento como é o caso da minha lotação. Porém, temos contato com um excelente médico local, que avalia a situação e  se necessário for encaminha para Rio Branco. Além disso, o Exército é sempre uma boa opção nestas regiões.

Também é do conhecimento de todos que nas Superintendências é o local onde chegam as principais oportunidades: cursos, missões, palestras, reciclagens e etc... Muitas das vezes servidores lotados fora destas Unidades só ficam sabendo depois que chegaram oportunidades. Não é nada do outro Mundo. Na minha lotação chegaram excelentes oportunidades, quase todo mês tem uma novidade. Fizemos dois treinamentos de tiros totalizando mais de 600 disparos. Para quem atua na segurança pública sabe como isso é difícil. É notória a qualidade de vida nas Capitais, pode ser que não sinta de cara, mas quando for ao interior vai ver a diferença. Sinceramente ser lotado em Rio Branco que vale 3 pontos é muito interessante. Não tinha essa visão antes do curso.

Só o fato de ter avião para quando quiser ir e vir já é um paraíso. É comum encarar horas de estrada para uma viagem e por vezes, tendo que arcar com hospedagem, pois muitos voos saem de madrugada e é inviável pegar estrada à noite, salvo se necessário. Na estrada não tem sinal de celular, vários buracos e ausência de acostamento (tem que ir com fé)... Ideal: sempre avise um amigo: “estou saindo agora”. Caso necessário alguém sabe que tem algo de errado. O preço fora das Capitais é elevado, principalmente alimentos. Um sorvete Kibon chega ser um “mimo”...kkkk

Promoção da semana: Corre que vai acabar!!!

É comum também não existir escolas particulares ou cursos de inglês por exemplo. Geralmente a estrutura do colégio Público é melhor que nos grandes centros, pois dividem o mesmo ambiente: filhos de militares, juízes, promotores, policiais federais, comerciantes e a grande parcela de pessoas humildes locais.

Bizú: “ao saber o local onde será lotado faça contato o mais breve possível”!!! Pegará as melhores residências e poderá negociar até mesmo imóveis mobiliados. Nada disso eu sabia senhores, é informação de primeira mão. Agora eu te digo: conte estas dicas, espalhe na ANP e ficará sem imóvel!!! Isso é deve ser privilégio de vocês que dão moral ao Blog!!! Em geral os donos dos imóveis gostam de ter Federais morando nestes locais, porém, não são muitas opções.

O servidor lotado na fronteira aprende muita coisa, joga em várias posições. Já na SR (capitais) ficam em um setor específico. A estrutura da SR é outra não poso negar. Mas não se preocupem na minha lotação: várias L200, Pajero, Focus, viaturas descaracterizadas e etc... É possível fazer um bom trabalho, mas sabemos das dificuldades, resumindo: é necessário ter boa vontade, ou seja, querer trabalhar... 

Os "novinhos" provavelmente vão chegar já com direito ao adicional de fronteira. Abaixo segue matéria, pois esta semana passou pelo Senado. Apesar de pouca gente acreditar antes, agora parece que é real. Ontem fiz contato com um representante do Sindicato e ele falou: "o adicional já entrou a cabeça, o ombro e a metade do corpo"... Duvido que exista outro trabalho tão claro como este...kkkkkk Em tempo, informo ainda que o APF Paulo Monteiro está fazendo uma postagem espetacular em relação ao TAF. A relação dos classificados será muito especial aqui e vai emocionar aprovados e os futuros aprovados!!!

Publicação FENAPEF

Indenização

Senado aprova gratificação para servidores federais em região de fronteira »

Auditores da Receita e policiais federais e rodoviários federais que trabalham em região de fronteira poderão ter direito a indenização, conforme projeto de lei (PLC 47/2013) aprovado nesta quarta-feira (7) pelo Plenário do Senado. O projeto, oriundo do Poder Executivo, estabelece mecanismo de compensação pecuniária de caráter indenizatório, capaz de minimizar a evasão de servidores de regiões vitais para as políticas de segurança nacional.

O projeto, que foi analisado e aprovado nas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, atribui a ato do Poder Executivo a definição de localidades estratégicas vinculadas à prevenção, controle, fiscalização e repressão de "delitos transfronteiriços".

A lotação nessas localidades dará ao servidor o direito de receber a indenização, fixada em R$ 91 por dia de trabalho. Para o governo, o "fenômeno da variação da mancha criminal" justifica a necessidade de não colocar na lei as localidades onde os servidores serão contemplados com a indenização.

Apesar de isenta do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), essa gratificação não poderá ser paga cumulativamente com diárias, indenização de campo ou qualquer outra parcela compensatória decorrente de trabalho em região de fronteira. Seu pagamento terá efeito retroativo a 1º de janeiro de 2013.

Relator do projeto na CCJ, o senador Sérgio Petecão (PSD-AC) agradeceu a sensibilidade da Presidência do Senado por colocar o projeto em pauta na sessão desta quarta-feira. Em sua avaliação, a medida ajudará os estados de fronteira por estimular a atração e fixação de servidores públicos.

Fonte: Agência Senado