Olá amigos do Blog.
Último dia 19 completou um ano de polícia para os novinhos do último concurso (para quem tomou posse no primeiro dia da nomeação). O aprendizado desta nova vida de polícia é diário e não termina quando saímos da academia, na verdade vamos observar que não sabemos muito e temos muito a aprender com colegas antigos da firma, colegas advindos de outras forças ou que trabalham nestas atualmente.
Quando se é policial observamos detalhes que antes não faziam parte do nosso raciocínio como: a imprensa gosta quando a polícia erra mas dificilmente dá a mesma atenção para quando a polícia acerta (reforçando sempre aquela imagem que "todos" policiais são corruptos); os direitos humanos (e o estado talvez?) são extremamentes preocupados com o cidadão que descumpriu a lei mas muito pouco ou nada com as vítimas (e futuras vítimas!) de suas ações; o preciosismo com formalidades que geram a anulação de atos parciais ou totais durante o inquérito ou no decorrer do processo por meros erros de formalismo contribui ainda mais para a sensação de impunidade que impera em nosso País.
Mas continuamos aqui? E por quê? Porque amamos ser policiais. Por isso eu falava que não compensa fazer este concurso apenas pelo salário, é um risco para uma futura frustração.
Durante sua nova vida de policial, haverá mudanças no seu cotidiano, você terá porte de arma de fogo, vai lidar diretamente com pessoas de má índole, será conhecido como policial por aqueles que frequentarem a delegacia ou em trabalhos ostensivos em campo, e isto gera como consequência uma preocupação maior com a sua segurança e de sua família.
Você ao chegar em um local adotará novas posturas, durante passeios ou folgas reconhecerá pessoas que já algemou, entrevistou, intimou, conduziu para uma oitiva ou para uma audiência judicial e tantas outras situações.
Vou contar uma situação engraçada que aconteceu alguns meses atrás. Estava eu andando de veículo pela cidade quando notei um cidadão a paisana atravessando a rua e na hora o "Tico e Teco" deu um estalo e pensei "Quem será este senhor que não está com a farda?" e fui "matutando" enquanto dirigia em sentido a outro objetivo. E a caixinha do pensamento continuou a todo vapor até que uns quinze minutos depois eu caí na risada com a conclusão: É o padre.
Mas com este exemplo eu notei como isso fazia parte da mudança de um cidadão comum para um policial e fiquei satisfeito. Ainda há muito a aprender, o caminho é longo e árduo, mas continuaremos na labuta dia após dia.
Grande abraço