quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Lotações Departamento de Polícia Federal!!!

Atendendo a vários pedidos aqui no blog vamos tentar falar das lotações das regiões de fronteira e as demais que algum colega possa ajudar. A partir do momento que eu começar a receber farei a postagem. 

Tenho certeza que nesta altura do campeonato qualquer coisa será interessante. Fotos, um breve resumo da região, pontos fortes e negativos, preço de aluguel, hospital, Universidades, qualidade de vida, opções de mercado e lazer ,cursos preparatórios e idiomas, fotos da Delegacia, aeroporto enfim… Para tanto será necessário contar com o apoio de cada um aqui que fizer parte destas regiões ou que tiver conhecimento para falar. Tenho certeza que será um grande desafio. Topa o desafio? Como pode ajudar? Não existe regra. Chegando duas do mesmo local ambas serãos postadas e se completarão.

Postagens deverão ser enviadas ao meu email: santosla1@hotmail.com contendo nome, região e fotos. Lembrando que a nossa união será a vitória de todos. “O Brasil é nosso e é lindo”!!!

No último concurso tivemos as seguintes opções:

SR/DPF/AC Rio Branco 12
DPF/EPA/AC Epitaciolândia 20
DPF/CZS/AC Cruzeiro do Sul 17
SR/DPF/AM Manaus 16
DPF/TBA/AM Tabatinga 25
SR/DPF/AP Macapá 18
DPF/OPE/AP Oiapoque 9
SR/DPF/MS Campo Grande 4
DPF/CRA/MS Corumbá 18
DPF/DRS/MS Dourados 3
DPF/NVI/MS Naviraí 13
DPF/PPA/MS Ponta Porã 13
DPF/TLS/MS Três Lagoas 7
SR/DPF/MT Cuiabá 7
DPF/BRG/MT Barra do Garças 9
DPF/CAE/MT Cáceres 19
DPF/ROO/MT Rondonópolis 8
DPF/SIC/MT Sinop 6
SR/DPF/PA Belém 16
DPF/ATM/PA Altamira 18
DPF/SNM/PA Santarém 12
DPF/MBA/PA Marabá 20
DPF/RDO/PA Redenção 18
DPF/GRA/PR Guaíra 20
DPF/FIG/PR Foz do Iguaçu 14
SR/DPF/RO Porto Velho 31
DPF/GMI/RO Guajará-Mirim 19
DPF/JPN/RO Ji-Paraná 19
DPF/VLA/RO Vilhena 8
SR/DPF/RR Boa Vista 14
DPF/PAC/RR Pacaraima 25
DPF/BGE/RS Bagé 6
DPF/CHI/RS Chuí 9
DPF/JGO/RS Jaguarão 7
DPF/LIV/RS Santana do Livramento 2
DPF/SBA/RS São Borja 10
DPF/UGA/RS Uruguaiana 16
DPF/DCQ/SC Dionísio Cerqueira 6

Para degustação segue vídeo sobre o ACRE!!!

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Esclarecendo dúvidas

Muitas pessoas estão perguntando a respeito de escala no DPF. Antes de tudo gostaria de dizer que aqui tem espaço para todos os tipos de servidores. Seja qual for o seu ritmo encontrará um setor em que possa realizar sua atividade. Salvo aqueles que querem fazer do Departamento um “trampolim”para algo maior lhes digo que: ENTREM PARA FAZER A DIFERENÇA!!! Esqueçam escala, folga, viagem para casa, missão e etc… Tudo isso é importante, mas no momento certo. Antes de entrar eu pensava que minha vida seria literalmente doada ao DPF e assim faço. Não tem sábado, domingo, fim de semana, feriado se o delegado não der folga para passear sem problema, pois só conto com as minhas férias. Vale lembrar que compensar horário com folga não é um favor e sim seu direito basta buscar as vias legais. Trabalho para atender e defender a sociedade sou servidor público e recebo para prestar um serviço de excelência. Isto não é um desabafo contra as perguntas colocadas. Por exemplo, a pessoa pode estar no plantão e prestar um excelente serviço. Este é o caminho buscar seu espaço. Mesmo trabalhando 24hs não existe nenhum valor adicional. Esta briga é antiga e até agora nada de positivo.

É lógico que o momento não é bom e por vezes desanimo é natural. É neste momento que penso por tudo que passei e independente de qualquer coisa sou muito orgulhoso de ser Policial Federal. Precisamos melhorar, progredir na carreira, lutar por mais espaço e tenho muita fé que teremos dias melhores. Muitas palestras estão ocorrendo na ANP em detrimento de hierarquia funcional e etc… Hierarquia é uma coisa domínio absoluto do Órgão é outra. Espero que nossos representantes e gestores possam perceber que tudo isso só está enfraquecendo profissionais que são o “orgulho para o Povo brasileiro”. Sem dúvida o departamento não é o que eu imaginava. Acredito que chegando em uma SR as coisas vão melhorar de forma bem positiva.

Muitas pessoas pensam que o DPF é só investigação. Na realidade é muita mais do que isso. Imigração, atendimento ao estrangeiro, passaporte, aeroporto, controle de químicos, segurança de dignitários, fiscalização bancária são apenas alguns exemplos. É necessário profissionais que se enquadrem neste perfil. Muitas das vezes a pessoa entra e desempenha o trabalho como “quebra galho”. Precisamos de pessoas que venham fazer a diferença e o principal neste momento: ACREDITE NO DPF FORTE E UNIDO.


Um fato que me chamou muito a atenção esta semana e de forma bem positiva foram duas policiais que dando continuidade em um serviço de investigação prenderam em flagrante 7 pessoas realizando contrabando de combustível na cidade de Brasiléia/AC. Realizaram tudo como manda o “figurino”inclusive filmagem. Quando perceberam já estavam todos recebendo voz de prisão com a mão na parede e até hoje não sabem de onde elas sairam. Resultado: 7 pessoas, incluindo dois bolivianos e quatro carros. Só realizaram o contato solicitando apoio depois de estar tudo dominado. Não posso citar nomes, ams como sei que de vez em quando elas entram aqui, gostaria de deixar meu imenso orgulho pelo trabalho de vocês e dizer: muito homem não faria a abordagem tendo em vista o número de pessoas. Quem disse que mulher não serve para nada na polícia???

Dia 26 fevereiro ocorrerá uma paralisação visando a regulamentação do adicional de fronteira. É a hora de fazer a diferença!!!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Início do curso

Teve início mais um curso de formação na Academia Nacional da Polícia Federal. Em breve teremos diversos servidores preenchendo os cargos de nosso Órgão. Mesmo assim estamos longe do efetivo necessário para um bom trabalho. Na luta pela reestruturação existe a necessidade de 3 mil cargos. As matriculas ocorreram em dias diferentes e tudo dentro da normalidade. O que muitos alunos comentam, principalmente aqueles que já são policiais, é da organização do curso. Sem dúvida alguma apesar da tensão é um excelente curso com ótimos profissionais.

Uma coisa que vem chamando atenção são as palestras falando sobre a necessidade de hierarquia no Órgão. Colegas que estão lá dizem que por vezes chega a ser cansativo. Com certeza os colegas estão pagando pelo momento que atravessa o DPF. Nas últimas semanas o destaque foram as diversas manifestações em todo território Nacional. As manchetes dos jornais chamam atenção até mesmo da mídia Internacional e até a Copa do Mundo o clima deve esquentar ainda mais.

O aumento concedido pelo Governo de 15.8% ainda pode ser aceito pela categoria desde que o Governo aceite algumas condições, como por exemplo, reconhecimento do nível superior e após as 3 parcelas a equiparação com a ABIN. Vamos acompanhar os próximos capítulos desta luta. O meu “sonho”é ver o Departamento unido e forte combatendo a corrupção.


Durante a cerimônia de abertura foi solicitado que os alunos se misturassem no Teatro de Arena justamente visando combater a separação de cargos. Dentro da ANP segue o comentário da possibilidade do curso para APF ainda este ano ou início do ano que vem. Este fim de semana encontrei a galera do grupo de estudos “ROJÃO”aqui no Acre aproveitando a posse do novo Superintendente. O ritmo de estudos é intenso e aos sábados treinam para o TAF. Foi um prazer estar junto com eles realmente estão focados. Foi difícil tirar uma pizza dos caras, mas no final deu tudo certo.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Matéria Jornal O Globo 02 fevereiro/2014

Rapaziada, foi publicada hoje uma matéria em relação ao nosso DPF. Como todos sabem, nosso foco aqui não é falar de crise interna. Porém, como já surgiram indagações, postarei aqui a matéria. Não irei comentar a mesma, ok? Estou apenas dando publicidade ao que foi noticiado na imprensa. Fazendo uma retificação apenas: não queremos 100% de reajuste salarial e sim a equiparação do subsídio pago as carreiras típicas de Estado do Governo Federal que possuem nível superior. 

BRASÍLIA - Num movimento sem precedente na história da Polícia Federal, agentes, escrivães e papiloscopistas estão se rebelando contra o suposto domínio dos delegados sobre a estrutura da instituição. Na guerra por cargos, salários e reforma da polícia, agentes estão se recusando abertamente a cumprir ordens de delegado para situações que vão do simples ato de dirigir um carro numa operação a produzir relatórios de inteligência de grandes investigações criminais.
Os atos de resistência contra o que chamam de feudo dos bacharéis vão além dos limites de uma simples rixa de corporações. Os embates entre os grupos, quase sempre pontuais, mas recorrentes, trincaram os pilares da disciplina em alguns setores e já estão afetando o número e a qualidade das operações de combate à corrupção. O clima é tão pesado que em alguns casos, policiais das categorias litigantes mal trocam cumprimentos.
As pequenas rebeliões, que se multiplicam em várias direções, podem complicar parte do esquema de segurança da Copa e repercutir até mesmo nas eleições presidenciais em outubro deste ano. Com a policia conflagrada, a presidente Dilma Rousseff teria dificuldade de apresentar a instituição como modelo de luta contra os desvios de verbas da administração pública como aconteceu durante as campanhas eleitorais de 2006 e 2010.
Numa reação também sem precedentes, delegados estão preparando um manual de procedimentos com regras detalhadas sobre obrigações de cada policial numa investigação. Segundo um dos responsáveis pela organização das normas, agentes, escrivães e papiloscopistas que saírem da linha depois da aprovação destas regras serão levados à temida Corregedoria-Geral, ao Ministério Público e ao Judiciário.
- É uma situação grave e irreversível. Não se trata apenas de uma questão corporativa. Trata-se de uma questão de interesse de toda sociedade brasileira, que é a modernização da polícia - afirma o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Alexandre Camanho.
O procurador acompanha de perto os embates cotidianos entre agentes e delegado. O trabalho da polícia sempre tem reflexo na atividade do Ministério Público. É a partir de indícios e provas obtidos nas investigações, quase sempre conduzidas pela polícia, que procuradores preparam as peças de acusação contra criminosos. A tensão entre delegados e agentes se estende também ao Instituto Nacional de Criminalística (INC). Peritos também reclamam do suposto exclusivismo dos delegados.
- As coisas estão se agravando. Delegados não cedem em ponto nenhum. Não vejo luz no fim do túnel - afirma um experiente perito.
As disputas de agentes, escrivães e papiloscopistas contra delegados são antigas, mas se tornaram ainda mais acirradas depois da fracassada greve dos policiais federais em 2012. Depois de 72 parados, agentes, escrivães e papiloscopistas voltaram ao trabalho sem os reajustes salarias reivindicados, mas decididos a esticar a corda até o limite da força. A partir de então, começaram a pipocar país afora os atos de desobediência explícita.
No Distrito Federal, um agente disse "não" quando a delegada Andreia Albuquerque, que estava à frente da Operação Miquéas, pediu um relatório analítico sobre escutas e movimentação financeira dos investigados. Segundo relato de um policial ao GLOBO, o agente disse que repassaria os dados brutos Andreia. Caberia a delegada, e não a ele, fazer os cruzamentos de informações e extrair as devidas conclusões sobre as supostas ligações de políticos com um famoso doleiro local.
Para se proteger contra eventuais punições, o agente se escudou na portaria 523/89, que estabelece as atribuições dos policiais. Na visão da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), a portaria não inclui entre as tarefas de um agente a análise crítica de uma investigação. Pelo entendimento deles, se não está na lei, a ordem do delegado perderia a eficácia.
- Antes, agentes faziam relatório de inteligência (com cruzamento de dados) e os delegados assinavam. Hoje eles não fazem mais. Não aceitamos a apropriação (indevida) de propriedade imaterial. Hoje os agentes fazem a investigação, fazem a análise parcial dos dados. O relatório, com as conclusões finais, quem faz é o delegado - afirma Flávio Werneck, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal.
Em São Paulo, um dos atos de resistência teve desfecho trágico. Um grupo de 20 policiais de Ribeirão Preto e Bauru, especializados em ações contra o narcotráfico, se recusou a participar da interceptação de um avião que, depois de sair do Paraguai, pousaria numa fazenda em Bocaina carregado de armas e cocaína. Os policiais cruzaram os braços com o argumento de que não tinham fuzis potentes, visores noturnos e carros blindados para enfrentar os criminosos, conforme determina as normas de segurança.
A partir dali, um delegado recrutou às pressas agentes de outras cidades e correu até o local onde do desembarque das drogas. Segundo um dos agentes que se recusaram a participar da ação, os colegas foram surpreendidos pelos bandidos. Os criminosos fugiram com o carregamento de cocaína num carro e, numa troca de tiros, mataram um agente. A droga pertenceria à facção criminosa que domina os presídios paulistas e fatura alto com a rota da cocaína na região.
- Enquanto nós vamos lá (na linha de frente contra os criminosos), os delegados ficam nos gabinetes aguardando os resultados para darem entrevista. A revolta é geral - afirma um dos agentes que disseram "não" a ordem de interceptar o carregamento de cocaína.
Em Minas Gerais, agentes do serviço de inteligência suspenderam a análise de escutas telefônica da Operação Esopo, investigação sobre supostos desvios de dinheiro de ongs financiadas pelo Ministério do Trabalho. Depois do episódio, os chefes locais fizeram um convênio com as polícias Civil e Militar para cobrir serviços rejeitados pelos agentes federais. Em meio aos embates, a produção da Polícia Federal está longe de antigos recordes.
Segundo relatório divulgado recentemente pela Fenapef e não contestado pela direção-geral, o número de indiciamentos em investigações sobre peculato, concussão, emprego irregular de verba pública, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha caiu 86% em relação a 2007, quando a PF estava no auge das grandes operações de combate à corrupção. Para alguns policiais, o declínio é irreversível até que a paz interna seja restaurada.
Os agentes reivindicam 100% de reajuste salarial, ocupação de cargos estratégicos e a criação de uma carreira única dentro da PF aos moldes do FBI, a polícia federal americana. Um agente em início de carreira ganha salário de R$ 7,5 mil, menos da metade dos vencimentos de um delegado principiante, recebe R$ 15.374,64 por mês. Eles se sentem ultrajados ainda porque viram salários de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) dobrar nos últimos anos. Não faz muito tempo, os oficiais da Abin ganhavam bem menos que os federais.
A Fenapef afirma ainda que os delegados ocupam 95% dos cargos estratégicos de chefia em detrimento de agentes, escrivães, papiloscopistas e até de peritos. A polícia tem aproximadamente 1.700 delegados, 1.200 deles estariam em cargos de chefia. Para agentes, não delegados terem exclusividade sobre todos os setores da administração e não apenas nas áreas relacionadas aos inquéritos criminais. Citam como exemplo a Coordenação Geral de Tecnologia da Informação, chefiada por um delegado e não por um especialista em informática.
- Por que tem que ser delegado (a ocupar cargos de chefia) se isto não está na lei - afirma o vice-presidente da Fenapef Luís Boudens.
As reclamações dos agentes estão encontrando eco no Congresso Nacional. Dois projetos apresentados na Câmara e no Senado defendem a criação da carreira única dentro da PF, são as chamadas PEC do FBI. Pelas propostas, os agentes e delegados passariam a ser classificados como policiais federais e atuariam de acordo com a especialidade de cada um.
O presidente da Associação Nacional dos Delegados Federais (ADPF), Marcos Leôncio Ribeiro confirma que é forte a tensão entre agentes e delegados. Segundo ele, essas desavenças são antigas mas, agora, estão "potencializadas" . Ele entende que os agentes merecem reajuste salarial, mas não podem ocupar cargos estratégicos em uma instituição que é, de fato, dirigida por delegados. Diz também que a PEC do FBI melhoraria a vida dos agentes, mas seria um retrocesso para a polícia. O FBI também seria pontilhado por subdivisões internas de cargos e funções.
- O que a gente verifica é o seguinte : reconhecemos que as reivindicações salariais são justas, mas não se pode tolerar boicote - afirma Leôncio.
O presidente da ADPF afirma reconhece também que "há desmotivação profunda" entre os agentes e que,, mais cedo ou mais tarde, governo e administração da PF terão que encontrar uma solução definitiva para o problema. Recentemente a Fenapf recusou a oferta de um reajuste de 15,8% em duas parcelas oferecido pelo governo. A entidade só aceita reajuste de 100% para equipar a categoria com analistas da Abin, Banco Central e Receita Federal, entre outras.
Na última quarta-feira a Fenapef aprovou novo calendário de protestos com indicativos de greve nas próximas semanas. Procurada pelo GLOBO na última quinta-feira, a direção da Polícia Federal não respondeu às perguntas do jornal sobre o assunto.